Introdução à língua, ao pensamento e ao canto Kaiowá – 2019

Data do Evento:
9 de maio de 2019 19:00 - 10 de maio de 2019 - 22:00
Local do Evento:
Estúdio Mawaca, 483, Rua Inácio Borba, 04715-020, Chácara Santo Antônio (Zona Sul), São Paulo, 04715-020
Introdução à língua, ao pensamento e ao canto kaiowá
(com Graciela Chamorro)
Data: 9 e 10 de maio de 2019
Carga Horária: 6 horas – 19h às 22h
Valor: R$150 (dois dias) ou R$80 (avulso)
Local: Estúdio Mawaca – End. Rua Inácio Borba, 483 –Chácara Santo Antônio – SãoPaulo – Mapas: Google; Waze.
Conversação básica na língua considerada standard entre kaiowá e guarani; compreensão e uso de um vocabulário em diversas situações da fala (cumprimento, apresentação pessoal, trabalho, conflito, crianças, etc). Estudo de cantos kaiowá e de conceitos que exprimem o pensamento desse povo indígena em sua própria língua.
Público alvo: Pessoas que desejam se aproximar desse povo do Mato Grosso do Sul e do seu pensamento, a partir de sua língua, de seus cantos, mitos e performances rituais.
Objetivos:
Tornar conhecida a riqueza cultural das línguas indígenas a exemplo de uma das línguas chamadas guarani;
Sensibilizar as pessoas para a situação das línguas indígenas no Brasil;
Sensibilizar as pessoas para a necessidade de políticas públicas implementadas na sociedade, a fim de que essas línguas resistam e se desenvolvam frente às línguas coloniais;
Fazer a experiência de conhecer uma língua indígena e aceder ao modo de pensar, de se compreender e de compreender o mundo na perspectiva dessa língua;
Compreender a história da língua e a história do povo na língua;
Motivar as pessoas participantes para o estudo da língua em futuras experiências de campo em comunidades indígenas, por exemplo, as Kaiowá e Guarani de Mato Grosso do Sul.
Experiência de Graciela Chamorro com língua e cultura kaiowá e guarani
A interação de Graciela com as comunidades kaiowá e guarani começou em 1983, quando chegou a Dourados como professora. A língua a aproximou muito dessas comunidades, pois, nascida no Paraguai, mamou numa língua guarani compreendida pelos indígenas.
Logo estudou a língua kaiowá, participou de rituais, apoiou as lutas das comunidades, até onde sua visão juvenil conseguia enxergar. Depois de mais de seis anos de relação na base da participação e colaboração, começou a levar as questões para a academia e várias pós-graduações sobre os rituais, a língua, a memória.
Em 2019, declarado Ano Internacional das Línguas Indígenas, Gracila se dispôs a compartilhar essa experiência, oferecendo cursos e workshops sobre a língua, como porta de entrada para acessar o pensamento e a cultura de um povo.
Sobre Graciela Chamorro
A professora Cándida Graciela Chamorro Argüello, nascida no Paraguai, é formada em Teologia, Pedagogia e Ensino Religioso (com viés em Música Sacra), fez seus mestrados no Brasil em Teologia e História e é doutora em Teologia pela Escola Superior de Teologia – EST, em São Leopoldo, e Antropologia pela Philipps-Universität, na Alemanha.
Também possui pós-doutorado pela Westfälische Wilhelms-Universität, da Alemanha.
Atualmente é professora de História Indígena na Universidade Federal da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul.
Dentre seus livros, podem-se citar “Kurusu Ñe’ëngatu, palabras que la historia no podría olvidar” (1995), “Teología Guaraní” (2004), “Terra madura,
yvyaraguyje: fundamento da Palavra Guarani” (2008) e “Decir el Cuerpo: Historia y etnografia del cuerpo en los pueblos Guaraní” (2009) – além de um livro publicado em alemão, em 2003.