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Evento

O Caminho do Alabê

23

set

14:00

O Caminho do Alabê – Bate papo com Vitor da Trindade

Partindo da África Antiga, atravessando o escravagismo, se encontrando nas formas brasileiras de sobrevivência cultural e chegando ao século XXI. Vitor trocará idéias sobre as dificuldades, e soluções de manter-se dentro dos padrões da tradição na modernidade para o Ogan Alabê, virtuoso que domina o conhecimento dos tambores que dialogam com os orixás.

Local: Estúdio Mawaca
Data : 23 de setembro
Horário de Início: 14h
Horário de Término: 17h
Valor: R$ 60,00
Endereço: Rua Inácio Borba, 483 (Chácara Santo Antonio)
Mapas: GoogleWaze


O Caminho do Alabe, vem apresentar a história e alguns dos toques e cantigas do Candomblé dito de Keto, num diálogo que envolve a Cultura da Diáspora Africana.

Parte desta história será vivenciada nos ritmos, danças e ritos tradicionais, partindo da Orquestra dos Orixás até as manifestações artísticas mais modernas e urbanas como o RAP paulistano e o Funk carioca.

O objetivo é tornar público, parte do conhecimento preservado nas casas tradicionais e o motivo, a necessidade de democratizer e desmistificar a relação do cidadão comum com as religiões de matriz africana, colaborando com as lutas anti racismo e contra a intolerancia religiosa, assim como reforçar o conhecimento de técnicas diferenciadas para músicos de qualquer estilo, pois a maioria dos ritmos apresentados está intrínseco na Música Brasileira em um todo.

SOBRE VITOR DA TRINDADE

Profissional há 40 anos, Vitor é Percussionista, Compositor, Violonista Popular e Cantor.
Ogan Alabê (Iniciado nos tambores dos Orixás)
Professor de Cultura Popular Brasileira.

Neto do Poeta Solano Trindade e da Terapeuta Ocupacional Margarida Trindade, filho da artista plástica e folclorista Raquel Trindade e do Alabé e cantor Jorge de Souza, Vitor iniciou-se na Cultura Afro-brasileira, aprendendo as danças e ritmos tradicionais, religiosos e profanos com sua família desde os doze anos de idade.

Formado em Música Popular pela Faculdade Instituto Tecnológico de Osasco – FITO. Estudou percussão afro cubana com Dinho Gonçalves em curso de extensão na Faculdade Paulista de Arte, estudou Violão e Canto Popular, em curso regular, na Universidade Livre de Música Tom Jobim com laura Campaner e Consiglia Latorre. Participou em vários workshops e Oficinas, com Naná Vasconcelos, Stenio Mendes, Richard Fils, Ricardo Breim, Famadou Konate, Ruy Weber, Eliete Negreiros e Ulli Moritz.

A partir dos anos 80, começou a trabalhar como Professor e Arte Educador, oferecendo oficinas e cursos em instituições governamentais e não governamentais, tendo como foco a cultura ancestral e as danças e ritmos afrobrasileiros. Em lugares como UNISO, FAP ART, SINPEEM, Secretarias de Cultura do Município e Estado de São Paulo e vários SESC na capital e interior.

Desde 1998, é professor convidado da Landesmusikakademie Berlin (Academia Federal de Musica de Berlin). Morou na Alemanha de 2001 a 2006, onde além da Landesmusik foi professor na Musikschule Schoneberg (Escola Municipal de Música do Distrito de Schoneberg) e do Groove Zentrum fur Perkussion (Escola particular).

Como músico profissional, além de outros, tem 07 discos próprios gravados, Ayrá Otá – Vitor da Trindade e Carlos Caçapava (Dabliu Discos-2001), Revista do Samba (Traumton Records-Alemanha-2002), Outras Bossas (Traumton-2004), Revista Bixiga Oficina do Samba (Atração Discos-2006), Hortensia du Samba (Les Disques Bien-França-2009) e o Samba do Revista (Trattore – 2014). Seu sétimo cd e primeiro solo Ossé Vitor da Trindade, foi lançado em julho de 2015 no Auditório Ibirapuera, comemorando 40 anos como profissional.

Em São Paulo participou da formação das bandas Cometa Gafi, Aquilo Del Nisso, Maria da Fé, e outros projetos de música instrumental e canções.

Participa como professor do curso ICAB (Identidade Cultural Afro Brasileira), em convênio com a Unifesp e a Secretaria de Educação de Embu das Artes, orientando os professores da rede pública na aplicação da Lei 10.639 de 2003 e 11845 de 2011.

Vitor da Trindade apresentou turnês e cursos, em festivais e apresentações por 04 continentes, Américas, Ásia, África e Europa.

Recebeu em 2015 a medalha Zumbi dos Palmares pela Prefeitura de Taboão da Serra, em 2011 o Prêmio Proac ICMS com o Projeto 10 anos de Revista do Samba, em 2010 foi premiado pelo Intercâmbio Cultural do Ministério da Cultura com o Projeto Samba Syndrom. Em 2005 com o Prêmio Petrobrás Cultural MINC com o Projeto Revista Bixiga Oficina do Samba.